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Néia Marques

DEUSA POESIA

Atualizado: 29 de out. de 2018

Deusa poesia que se perde,

Em meios apegos de mãos da partida,

Que do negro faz-se o cinza,

Virgem as canções das impuras,

E em sepulturas colocam-se véus.

As flores são suas irmãs passivas,

Enfeitando seu templo de corpos nus,

Sob água de fogo encharcada.

Embrião nascituro,

No ventre dos olhos humanos.

Suas asas se desabrocham,

Entre soluções e paixões.

Em caminhos e atalhos se perdem,

Entre verdades e interditadas ilusões.


*Poesia escrita na minha adolescência (achei propícia para iniciar o site).

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